25 de novembro de 2008

ESTOU DE PARTIDA

No Equador, povo que vive até 120 anos fuma, bebe álcool e usa droga

O século 19 foi o século dos antibióticos, o século 20, o das doenças cardiovasculares e do câncer, e o 21 é o da longevidade", diz o médico e escritor argentino Ricardo Coler (autor de "Eterna Juventud - Vivir 120 Años"), ao justificar por que crê que Vilcabamba é a meca desta época em que ser saudável é fundamental.
O problema é que Vilcabamba carrega em si uma contradição. Apesar de viverem 120 anos e de não ficarem doentes, a conduta de seu povo está distante de ser regrada e a preocupação com a saúde passa longe de suas roças, puros e chamicos. O chamico é uma planta tóxica e alucinógena, também chamada de erva-do-diabo, que antigamente era usada por xamãs e indicada para acalmar dores fortes, como a do parto.
"Seus primeiros efeitos podem ser comparados com os da maconha; depois de algumas tragadas, somam-se os da cocaína", explica Coler. "Traz alucinações, pensamentos fantásticos, perda de memória, excitação e fúria." Em Vilcabamba, virou hábito diário.